domingo, 17 de junho de 2012

Jovem de 17 anos é assassinada no litoral do Paraná

Fonte: Jornal Gazeta do Povo - 15/06/12

Caso foi registrado no balneário de Santa Terezinha, em Pontal do Paraná, na quinta-feira. Corpo da garota, que foi asfixiada com um cordão, foi sepultado na tarde desta sexta.

Uma adolescente de 17 anos foi encontrada morta em um terreno baldio, no balneário de Santa Terezinha, em Pontal do Paraná, no litoral do estado, na quinta-feira (14). Segundo informações da Polícia Civil, a jovem foi asfixiada com um cordão, possivelmente retirado do casaco que ela vestia. O sepultamento foi realizado na tarde desta sexta-feira (15).
A vítima foi identificada como Emanuelle Jackowski. Ela cursava o 3º ano do ensino médio, no Instituto Federal do Paraná, em Paranaguá, também no litoral do estado. Segundo o delegado Messias Rosa, a garota saiu da escola por volta das 11h30 de quinta-feira e tomou um ônibus intermunicipal para voltar para casa. Emanuelle foi vista pela última vez após desembarcar em Pontal do Paraná por volta das 12h30 e se despedir de amigos.
Ainda na tarde de quinta-feira, familiares da garota acionaram a Polícia Militar (PM), comunicando o desaparecimento. A partir de então, policiais organizaram buscas, com a ajuda de moradores do bairro e amigos da menina. Por volta das 21 horas, o corpo de Emanuelle foi encontrado em um terreno baldio localizado a cerca de 300 metros da casa em que ela morava.
Segundo o capitão César Kamakawa, o corpo estava caído de bruços, vestia calça, blusa e um casaco. Com a chegada do Instituto de Criminalística (IC)constatou-se que a jovem sofreu asfixia mecânica. “Numa primeira análise, ela tinha um ferimento no rosto, dando a entender que foi vítima de um soco. Também havia uma marca no pescoço, provocada pelo cordão”, disse o capitão.

Bilhete pode ajudar polícia a desvendar o crime
Próximo ao corpo, foi encontrado um bilhete manuscrito, que pode ajudar a polícia a elucidar o crime. Segundo o capitão Kamakawa, no pedaço de papel estava escrito: “Você pode trair uma amiga”. O material foi encaminhado ao Instituto de Criminalística, onde será periciado.
Segundo o delegado Messias Rosa, a polícia trabalha com duas linhas de investigação: de crime sexual ou que o homicídio tenha motivação passional. Para as autoridades, o crime foi cometido por alguém que, de alguma maneira, era próximo de Emanuelle e que conhecia a rotina dela. A partir de agora, a Polícia Civil e Militar fazem um trabalho conjunto, a fim de solucionar o homicídio. “Temos trabalhado para juntar o máximo de informações para chegar à autoria deste crime”, disse o capitão.
De acordo com informações repassadas pela polícia, a garota era filha de um policial militar e de uma enfermeira que trabalha em Paranaguá. Em depoimentos preliminares, os pais revelaram que Emanuelle tinha um comportamento considerado normal e que não tinha nenhum tipo de relacionamento suspeito.
Sepultamento
O corpo de Emanuelle foi sepultado por volta das 17 horas desta sexta-feira, em um cemitério em Pontal do Paraná. Após passar por exames de necropsia, o cadáver foi liberado pouco depois das 15 horas. Bastante abalada, a família – principalmente a mãe da jovem – optou por um velório simples e rápido, seguido do sepultamento.
Outros casos
Esse foi o quarto caso registrado no litoral do estado, nos últimos três anos, de assassinatos de mulheres. Em 14 de abril, o corpo de Vânia Rodrigues França, de 29 anos, que estava desaparecida, foi encontrado em Guaratuba. Vania saiu de casa de bicicleta em 9 de abril e não foi mais vista pela família. O corpo foi encontrado próximo ao balneário Eliane, dentro de uma valeta e com sinais de violência, principalmente no rosto.
Outro caso semelhante é o de Laura Joice Antunes de Paula, esposa de um sargento da polícia militar . A jovem morava no município de Pontal do Paraná, litoral do estado, e foi encontrada morta em uma restinga. Havia sinais de violência em todo o corpo, principalmente na região da nuca.
Em junho de 2010, no balneário de Shangri-lá, em Pontal do Paraná, a psicóloga Telma Fontoura, sobrinha do ator Ary Fontoura, saiu para caminhar pelo balneário na tarde de domingo e não voltou.
Ela estava em férias na praia e os familiares registraram seu desaparecimento na mesma noite. O corpo foi encontrado enterrado na orla entre os balneários de Shangri-lá e Barrancos.
Em novembro de 2011, Paulo Estevão de Lima, o Paulinho do Brejo,
foi condenado pelo júri popular pela morte de Telma.

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