terça-feira, 5 de junho de 2012

Em busca de justiça

A família da menina Rachel Genofre inicia hoje mais um passo em busca por justiça. A menina que foi encontrada em uma mala na rodoviária de Curitiba, vítima de violência sexual e estrangulamento, teve sua triste história marcada também pela violência institucional.
O corpo da menina Rachel foi exposto quando retiraram da mala em frente a todos, hoje as fotos da tragédia são encontradas em vários sites na internet, a imagem do ocorrido passou a ser de  "domínio público", além de erros grosseiros e negligências cometidas pela perícia, polícia técnica, IML, entre outros.
            O maior exemplo do descaso é o saco azul que guardava o corpo, dentro da mala, pelo assassino. Segundo relatos o saco fora jogado no lixo, e sacos pretos tiveram que ser emprestados pela administração da rodoviária para que o corpo pudesse ser levado do local.
           Segundo a advogada, Cassia Bernardelli, a ação impetrada pela família não visa nenhum ressarcimento pessoal, sim impedir que o Estado cometa os mesmos erros em outros casos. Também tem o objetivo de mobilizar a sociedade para um projeto de segurança pública que de fato seja eficaz, e que, sobretudo, proteja as nossas crianças.
             A família reconhece a ação da polícia e o empenho na investigação, mas também tem ciência que os erros iniciais comprometem todo desenvolvimento do trabalho dos investigadores, e que hoje o caso não possui nenhuma certeza, nenhum ponto de partida, nenhuma referência, "Sempre voltamos a zero quando uma linha de investigação é concluída, sem nenhuma evidência, prova, ou indício" - afirma Carol Lobo, tia da menina Rachel, que acompanha a investigação.
             "Vamos até o fim, vamos lutar muito para que nenhuma criança passe pelo que o meu anjinho passou. Vamos em busca de justiça. Esse monstro tem que ser tirado das ruas. Tenho certeza que essa é a vontade da Rachel, que mesmo pequenina já era engajada na proteção e nos direitos das crianças" - Afirma Carol Lobo.
               Entre outros pedidos a família quer que uma lei "Rachel Lobo Genofre" seja sancionada com o objetivo de punir o Estado em casos de negligência na proteção a criança.

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