sexta-feira, 1 de junho de 2012

Família de Rachel entrará com ação civil contra o Estado

"(...) O processo de Danos Morais que ora impetramos, não visa qualquer tipo de recompensa pecuniária a Requerente, tanto que desta ação os pedidos são com intuito de trazer benesses à sociedade e avanços na legislação e proteção a criança e adolescente."
                                                                                                    Cap. IV do processo - Dos Pedidos

     É com esse objetivo claro, que a família da menina Rachel Genofre, de apenas 09 anos, vítima de violência sexual, assassinada no dia 03 de novembro de 2008, após sair do colégio, no centro de Curitiba, e seu corpo foi encontrado em uma mala, na rodoferroviária da cidade move um processo contra o Estado do Paraná.
      A questão central, levantada pela ação cível, é a necessidade de reparação do Estado sobre os erros e a negligência cometidos no início da investigação, na "cena do crime". Para a família, o assassinato da menina, é mais um crime que envolve o machismo e opressão social, mesmo após sua morte, o corpo da Rachel foi negligenciado e sua trágica história enfrentou mais uma página da violência e do abandono também por parte do Estado.
        Em pesquisa constante, verificações e leitura do próprio inquérito, realizados pela advogada Cassia Bernardelli e pela tia da menina, Carol Lobo, apontam erros primários de negligencia, total descaso, incapacidade técnica e profissional por parte da polícia técnica – IML e Instituto de Criminalística – Polícia Militar e Civil.
          Com o prazo de 15 dias para o resultado do DNA ficar pronto, somado ao descaso da perícia fazem com que o caso se arraste há quase 4 anos sem solução. A família exige todo empenho da Secretaria de Segurança Pública Estadual e dos órgãos competentes na resolução do caso. Mais recursos, tecnologia, pessoal treinado, maior qualidade na investigação, pois empenho da polícia existe e tem dado alguns resultados positivos.
          Segundo a advogada da família, Dra. Cassia Bernardelli, a luta por uma lei, de nome "Rachel Maria Lobo Oliveira Genofre", que puna o Estado em caso de negligência e falta de proteção a criança e ao adolescente é um dos principais pleitos do processo.
           A família está programando a entrada do processo na Vara da Fazenda de Curitiba ainda para a primeira quinzena de junho.

Um comentário:

  1. Esquartejaram um empresário que coisa horrível está certo a mídia mostrar,mas e Rachel será que deveria ser uma empresária para não ser esquecida?
    Que pena ela não teve tempo....

    ResponderExcluir