Obra de Ana Maria Machado
Ilustração: Claudius
Compartilho aqui uma obra de grande beleza, muito bem contada (leitura). Uma rica fonte para as crianças pequenas.
O Blog faz uma homenagem a menina Rachel Lobo Oliveira Genofre. Mais que uma tragédia, o acontecido a Rachel tem que ser um alerta social. A proteção a nossas crianças é tarefa de todas e todos e dever do Estado. Nós vamos cobrar, lutar e contribuir para que nehuma criança sofra o que a menina Rachel, de 09 anos, passou. O blog tem como objetivo ser uma ferramenta de divulgação e combate a violência e a exploração sexual contra a criança.
No Senado, Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania aprovou ontem, em decisão terminativa, projeto de lei (PLS 495/2011) que amplia a punição à exploração sexual de crianças e adolescentes. A proposta altera o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) ao estabelecer pena de reclusão de 6 a 12 anos para quem submeter menores a prostituição ou explorá-los sexualmente, punição que hoje é de 4 a 10 anos de prisão. A pena ampliada também será aplicada a quem facilitar ou estimular essas práticas pela internet. Pelo projeto também deve ser mudada a Política Nacional de Turismo, para inserir a exploração sexual de crianças e adolescentes como prática a ser combatida nas ações públicas para o setor, uma preocupação até urgente visto que o Brasil vai sediar a próxima Copa do Mundo e as Olimpíadas de 2016, momentos propícios à exploração sexual principalmente de mulheres.
Com base nesses dados, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Congresso Nacional, que investiga os crimes de violência contra a mulher em todo o País, realiza diligências e audiências públicas no Paraná nesses dias 24 e 25 de junho para não só levantar mais informações – uma vez que as fontes oficiais no estado praticamente não existem -, mas investigar a fundo o porquê de o Paraná ser o terceiro estado no ranking nacional de assassinatos de mulheres, com 388 homicídios femininos registrados em 2010 e um índice de 6,3 mortes por ano para cada grupo de 100 mil mulheres. A média nacional é de 4,4 e coloca o País em sétimo lugar no ranking mundial. Piraquara, na região metropolitana de Curitiba, tem índice alarmante de 24,4 mortes para cada grupo de 100 mil mulheres. Cinco vezes acima da média nacional e três vezes superior ao drama paranaense. Araucária, Fazenda Rio Grande, Telêmaco Borba e União da Vitória também se destacam no Mapa da Violência contra a mulher. E esse perigo mora dentro de casa: cerca de 70% dos homicídios são praticados pelos maridos, ex-maridos e namorados das vítimas.
Talvez o melhor serviço que a imprensa possa prestar seja orientar adultos sobre a melhor forma de prevenir esse tipo de crime. Esperar que outra celebridade tenha coragem de falar do assunto é muito pouco. Falar e deixar o assunto morrer é uma omissão grave. Serve apenas para aumentar o ibope de programas de tv e vender alguns exemplares a mais de jornais e revistas. É parte do interesse da imprensa enquanto negócio, mas fica bem longe da sua verdadeira missão: formar e informar.
"Vamos até o fim, vamos lutar muito para que nenhuma criança passe pelo que o meu anjinho passou. Vamos em busca de justiça. Esse monstro tem que ser tirado das ruas. Tenho certeza que essa é a vontade da Rachel, que mesmo pequenina já era engajada na proteção e nos direitos das crianças" - Afirma Carol Lobo.