A família da menina Rachel Genofre inicia hoje mais um passo em busca por justiça. A menina que foi encontrada em uma mala na rodoviária de Curitiba, vítima de violência sexual e estrangulamento, teve sua triste história marcada também pela violência institucional.
O corpo da menina Rachel foi exposto quando retiraram da mala em frente a todos, hoje as fotos da tragédia são encontradas em vários sites na internet, a imagem do ocorrido passou a ser de "domínio público", além de erros grosseiros e negligências cometidas pela perícia, polícia técnica, IML, entre outros.
O maior exemplo do descaso é o saco azul que guardava o corpo, dentro da mala, pelo assassino. Segundo relatos o saco fora jogado no lixo, e sacos pretos tiveram que ser emprestados pela administração da rodoviária para que o corpo pudesse ser levado do local.
Segundo a advogada, Cassia Bernardelli, a ação impetrada pela família não visa nenhum ressarcimento pessoal, sim impedir que o Estado cometa os mesmos erros em outros casos. Também tem o objetivo de mobilizar a sociedade para um projeto de segurança pública que de fato seja eficaz, e que, sobretudo, proteja as nossas crianças.
A família reconhece a ação da polícia e o empenho na investigação, mas também tem ciência que os erros iniciais comprometem todo desenvolvimento do trabalho dos investigadores, e que hoje o caso não possui nenhuma certeza, nenhum ponto de partida, nenhuma referência, "Sempre voltamos a zero quando uma linha de investigação é concluída, sem nenhuma evidência, prova, ou indício" - afirma Carol Lobo, tia da menina Rachel, que acompanha a investigação.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbrZMt1FpJ7dIj17rqKk_VawZYMf2C7a6iEOpDi_RlQdHlgFjxGZWMsmn5IuBtOhG59hCnjQCmnt0cezsX0r7Qrd_RNuBKreVWYoldYxpMnCI8nbhstt_zObhcZMi1HX3k1-NstcNydspI/s200/cassia.jpg)
Entre outros pedidos a família quer que uma lei "Rachel Lobo Genofre" seja sancionada com o objetivo de punir o Estado em casos de negligência na proteção a criança.
Nenhum comentário:
Postar um comentário