sábado, 3 de novembro de 2012

4 anos sem justiça


               
No dia 03 de novembro fazem 4 anos, que a pequena Rachel Lobo Genofre, de apenas 9 anos, foi sequestrada, violentada e seu corpo foi abandonado em uma mala, nas escadarias da rodoviária de Curitiba.
                A polícia investigou intensamente o caso, mas devido a negligência e a erros grosseiros da perícia feita no corpo de Rachel, as pistas foram perdidas, os indícios apagados e a esse assassino brutal está até hoje está solto, livre para cometer outros crimes.
                A investigação o classifica como um sádico, devido aos ferimentos encontrados no corpo da criança. Também o coloca como um sujeito frio, organizado e sem vínculos sociais. Um psicopata de altíssimo perigo para a sociedade.
                Mas neste ano, em especial, acreditamos que as investigações diminuíram de intensidade, sem um suspeito mais concreto, o número de testes de DNA e as novidades sobre o caso quase se extinguiram.
                Segundo a mãe da menina, a educadora Maria Cristina, o desespero da família é grande, pois a busca por justiça e a compreensão do que aconteceu a sua menininha é um tormento no cotidiano de suas vidas. Mas para a sociedade, para as outras crianças é um risco constante, além de um assassino dessa proporção estar à solta nas ruas, ainda a sensação de impunidade faz com que outros loucos se sintam na total segurança em cometer atos absurdos como esse.
                No Parará, apenas 20% do que vira inquérito policial, referente à violência contra crianças e adolescentes foram concluídos nos últimos 2 anos, apesar do aumento das denúncias (Fonte: Secretaria Nacional de Segurança Pública e Polícia Civil do Paraná). Em resposta ao processo impetrado para a família de Rachel, o Estado argumenta que o fato da família não pedir a indenização em dinheiro, sim em políticas públicas de proteção a criança é nobre, mas não há amparo legal. O citado também afirma que não há nada, não existe processo penal, sendo assim não pode ser acusado de nada.
                A tia da menina, a pedagoga Carol Lobo, diz que ficou surpresa com a resposta do processo, pois a família luta para que o Estado cumpra o seu dever básico que é de garantir as crianças paranaenses um futuro digno e condições de segurança e proteção. Para a mãe é responsabilidade do Estado desde o momento em que acharam a mala, retiraram o corpo de maneira irresponsável, violando leis e direitos, fizeram uma perícia despreparada que comprometeu de maneira determinante o caso, e até hoje, a sociedade paranaense vive as consequências.
                A advogada da família, Cassia Bernardelli, afirma que irá lutar, e que o objetivo da família é proteger as outras crianças. A advogada afirma que “dor não tem preço”, e que a luta central é fazer que o Estado destine mais recursos, estrutura e esforços no combate a violência contra crianças e adolescentes. E de conscientizar sociedade sobre a importância de denunciar todo tipo de agressão aos nossos pequenos. Segundo Cassia precisamos construir um futuro diferente e que se faça justiça por Rachel Lobo Genofre.




Um comentário:

  1. é desesperador saber que esse monstro vive a solta... pensar que pode estar aqui ou ali, ele pode estar sentado ao nosso lado no onibus, no restaurante, pode esbarrar em você ou em seu filho nas ruas em qualquer lugar. Não podemos nos calar e devemos como seres humanos, como pais e mães, esposos e esposas, tios e tias apoiar a causa, pois nunca sabemos o dia de amanhã.

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