No dia 03 de
novembro fazem 4 anos, que a pequena Rachel Lobo Genofre, de apenas 9 anos, foi
sequestrada, violentada e seu corpo foi abandonado em uma mala, nas escadarias
da rodoviária de Curitiba.
A
polícia investigou intensamente o caso, mas devido a negligência e a erros
grosseiros da perícia feita no corpo de Rachel, as pistas foram perdidas, os indícios
apagados e a esse assassino brutal está até hoje está solto, livre para cometer
outros crimes.
A
investigação o classifica como um sádico, devido aos ferimentos encontrados no
corpo da criança. Também o coloca como um sujeito frio, organizado e sem vínculos
sociais. Um psicopata de altíssimo perigo para a sociedade.
Mas
neste ano, em especial, acreditamos que as investigações diminuíram de
intensidade, sem um suspeito mais concreto, o número de testes de DNA e as
novidades sobre o caso quase se extinguiram.
Segundo
a mãe da menina, a educadora Maria Cristina, o desespero da família é grande,
pois a busca por justiça e a compreensão do que aconteceu a sua menininha é um
tormento no cotidiano de suas vidas. Mas para a sociedade, para as outras crianças
é um risco constante, além de um assassino dessa proporção estar à solta nas
ruas, ainda a sensação de impunidade faz com que outros loucos se sintam na
total segurança em cometer atos absurdos como esse.
No
Parará, apenas 20% do que vira inquérito policial, referente à violência contra
crianças e adolescentes foram concluídos nos últimos 2 anos, apesar do aumento das
denúncias (Fonte: Secretaria Nacional de Segurança Pública e Polícia Civil do
Paraná). Em resposta ao processo impetrado para a família de Rachel, o Estado
argumenta que o fato da família não pedir a indenização em dinheiro, sim em políticas
públicas de proteção a criança é nobre, mas não há amparo legal. O citado
também afirma que não há nada, não existe processo penal, sendo assim não pode
ser acusado de nada.
A
tia da menina, a pedagoga Carol Lobo, diz que ficou surpresa com a resposta do
processo, pois a família luta para que o Estado cumpra o seu dever básico que é
de garantir as crianças paranaenses um futuro digno e condições de segurança e
proteção. Para a mãe é responsabilidade do Estado desde o momento em que
acharam a mala, retiraram o corpo de maneira irresponsável, violando leis e
direitos, fizeram uma perícia despreparada que comprometeu de maneira
determinante o caso, e até hoje, a sociedade paranaense vive as consequências.
A
advogada da família, Cassia Bernardelli, afirma que irá lutar, e que o objetivo
da família é proteger as outras crianças. A advogada afirma que “dor não tem
preço”, e que a luta central é fazer que o Estado destine mais recursos,
estrutura e esforços no combate a violência contra crianças e adolescentes. E
de conscientizar sociedade sobre a importância de denunciar todo tipo de
agressão aos nossos pequenos. Segundo Cassia precisamos construir um futuro
diferente e que se faça justiça por Rachel Lobo Genofre.